Não quero falar em línguas caras
Porquê dizer que me encontrei onde me perdi, onde o reflexo preferi
Quando já não sinto o que senti, num dia de janela
Onde não corrigia, só comentava
Só sonhava, não constava
Onde a janela abria e eu me ligava
Conversas de metro e meio sem sentido, agora comedidas
Ouvindo sem sentido ligado, mas com o meu sentido próprio
Como cada um por si, ligado por algo que não voa
Encontro-me na música sem sequer sentir
Entendendo o que prefiro, não o que alcanço
Perdido a meio caminho, onde estava....sem descanso (bem)
Sem nada como querer, sem nada com que me agarrar
Agora, desejo agarrar sem querer.
Como algo figurado, como que não personalizado
Como de um sentido abstracto se retratasse
Escreve-se como quem desenha, não como quem rabisca
Flutuando no que se têm, não no que se quer ter
Porquê ouvir a frase certa se a palavra está lá
Porquê não saltar a cerca se a sombra está lá
É o excesso de ter, de ser, de meu, de teu
exceptuando o que se quis
Como neste texto quase fiz
Onde não apago tudo o que escrevi
merda
diz:
"tás ai?"
terça-feira, 24 de julho de 2007
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