quarta-feira, 30 de julho de 2008

Continuação


Passado - Presente - Futuro

Separadas estiveram, estão, estarão.
As almas foram, são, serão.
Vivendo. Morreram, morrem, morrerão.

Magnitudes de ópticas iludem a visão.

Quem sou eu, e porque ainda estou aqui?
Quem és tu e porque é que ainda não te vi?

Brincadeiras perigosas ocupam o cenário. Há falta de acção...
Aconchegados, brincamos, criamos, até porque deitados acordamos.
Apostamos. Desafiamos. Irritamos. Argumentamos. Temos os mundo à nossa disposição.

Mas nada disto chega ao chão, já que estamos em palcos estragados, fora desta dimensão.

Continuemos.

Embalemos então. Não nos estraguemos. Não.
Não até chegar o dia em que sejamos maiores do que sombras,
e que essas sombras pesem, graciosamente caminhando para o fim da actuação.

Segundo acto








Separadas as almas foram.
Porque vivendo morrerão.

FIM


segunda-feira, 7 de julho de 2008

Perco-me em avenidas encontro-me em vielas.




As portas abrem ao estilo de janelas.

Entram caras cintilantes, de gente estonteante, personalizada e indubitavelmente única.
Cores, credos, raças e sotaques enlaçam-se numa grande caixa
Que desliza no mesmo caminho de todos os dias, de rastos cansados de serem pisados,
Somente sustentados por novas aparições, por novas ilusões.
Entrando assim, num reino que não é meu, num reino por eles habitado,
Despejo a casca e a velha pele, para ser mais que parte da amálgama,
Ser somente a minha alma.

A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
Para outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás

Um pouco de fé