Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
E sem desassosegos grandes.
E sempre iria ter ao mar.
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
No colo, e que o seu perfume suavize o
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
Nem fomos mais do que crianças.
São as ondas em rios estagnados. São as margens seguras. Para onde?
São as palavras sentidas escondidas sobre a sombra do sol que detesto.
É só o simples não aceitar
De ver vidas vividas em quartos sem portas.
Sem comentários:
Enviar um comentário