(São quatro horas de tardar o dia.)
Abro a janela
E, de repente. Humano,
O quadrado com cruz de uma janela iluminada!
Fraternidade na noite!
Fraternidade involuntária, incógnita na noite!
Estamos ambos despertos e a humanidade é alheia.
Dorme. Nós temos luz.
Quem serás?
Não importa. A noite eterna, informe, infinita,
Só tem, neste lugar, a humanidade das nossas duas janelas,
Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida.
Sobre o parapeito da janela
Sentindo o húmido da noite o cigarro a que me agarro,
Debruço-me para o infinito e um pouco
Nem corpos vibrando ainda no silêncio definitivo!
Que fazes, camarada, da janela com luz?
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