
Trying to find some peace of mind
Don´t know if you´re by my side
A lonely sidewalk in my way
May tell me if i´m just a delay
Fraternidade involuntária, incógnita na noite!
Estamos ambos despertos e a humanidade é alheia.
Dorme. Nós temos luz.
Quem serás?
Não importa. A noite eterna, informe, infinita,
Só tem, neste lugar, a humanidade das nossas duas janelas,
Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida.
Sobre o parapeito da janela
Sentindo o húmido da noite o cigarro a que me agarro,
Debruço-me para o infinito e um pouco
Nem corpos vibrando ainda no silêncio definitivo!
Que fazes, camarada, da janela com luz?
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...