segunda-feira, 7 de julho de 2008

Perco-me em avenidas encontro-me em vielas.




As portas abrem ao estilo de janelas.

Entram caras cintilantes, de gente estonteante, personalizada e indubitavelmente única.
Cores, credos, raças e sotaques enlaçam-se numa grande caixa
Que desliza no mesmo caminho de todos os dias, de rastos cansados de serem pisados,
Somente sustentados por novas aparições, por novas ilusões.
Entrando assim, num reino que não é meu, num reino por eles habitado,
Despejo a casca e a velha pele, para ser mais que parte da amálgama,
Ser somente a minha alma.

A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
Para outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás

Um pouco de fé





3 comentários:

Anónimo disse...

Metamorfose no metro.

trovoada disse...

Pensar assim tanto, meu filho, cansa.
Mas nós sabemos que não há outra maneira de (sobre)viver quando a nossa mente fervilha de sentimentos.

Zezita disse...

bons textos que tens praqui *