quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

À flor da pele

O que será que me dá que me come por dentro?

Que brota a flor da pele será que me dá
E que me sobe as faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar

O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo me faz implorar

O que será que será
Que dá dentro da gente que não devia

O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro será que me dá
Que me perturba o sono será que me dá
Que todos os ardores me vem atiçar
Que todos os tremores me vem agitar

O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá
O que não tem limite

Nem nunca terá

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